sábado, julho 31, 2010

Queimadinha de radioatividade!


Numa entrevista recente, em série especial de telejornal, sobre os malefícios do álcool, Ângela Ro Rô declarou que não bebe nada mais, exceto água. Mesmo nas tertúlias, só entra esta bebida. Fiquei boquiaberta! Logo ela que era o baluarte do exagero etílico, que tantas vezes deu vexame, por estar embriagada nos shows e em outras ocasiões. Nenhuma recriminação aqui, vale ressaltar. Sempre admirei muito esta figura, pela sua sinceridade, por admitir suas bebedeiras, suas preferências sexuais, e por combater a hipocrisia. Segundo ela, a abstinência é voluntária, não precisou de tratamento algum, só que ela cansou de exagerar na dose, de enfrentar ressacas homéricas (do corpo e da alma) e da amnésia que acompanhava os porres.
Eu já bebi muito ao som de Ângela, gostava (e gosto) das músicas de "fossa". Letras que falam de dor, de frustração amorosa, de desencanto mas que não são um convite pra se matar (por isso não gosto das músicas de Núbia Lafayette), mas pra levantar a cabeça, depois de roer o cotovelo. São músicas de superação: "tô fodida, bebendo, mas eu me recupero, viu?" (da dor e da ressaca). Hoje bebo quase nada porque minha tolerância à bebida despencou. Outro dia, pedi uma caipifruta e, no segundo gole, minha cabeça tava rodando. Cerveja? Se eu passo de três latinhas, tenho uma dor de cabeça da "disgrama" no outro dia... Pois é, bebedeiras são passado. Só nos resta um brinde... com água: "- Viva Ângela Ro Rô!".

Nenhum comentário: