quarta-feira, setembro 30, 2009

Auroras


Hoje, mais uma vez, revi "A aurora do homem", trecho antológico do clássico de Stanley Kubrick. Gosto tanto desta célebre passagem de "2001: Uma Odisséia no Espaço" que, se fosse cineasta, gostaria de tê-la criado. Isso não é pretensão, é só a audácia de imaginar o prazer que Kubrick sentiu, ao finalizar esta empreitada poética. O ritmo lento que remete à longuíssima duração da chamada Pré-História. O ancestral do homem à mercê da natureza, descobrindo-a muito lentamente para compreender seus sinais. A alegoria do obelisco é infinitamente precisa. Qualquer outro animal não iria reparar naquele objeto desconhecido. E isso nos torna diferentes: a perplexidade diante do novo e a ânsia de conhecê-lo. O olhar humano carrega a subjetividade, um infinito universo interior...

3 comentários:

Adh2BS disse...

Boa tarde...
Peço licença para declinar meu apreço pelas palavras. E dizer que elas são muito bem agrupadas e muito bem tratadas pela autora deste blog. :)
Grande abraço,
Adhemar (Adh2bs)... um dos malditos arquitetos! :)

Edlúcia disse...

Adhemar, fique à vontade. O espaço é livre. Mas, quanto ao "malditos arquitetos", não é nada pessoal. Só imaginei que na hora do aperto, a gente tem que xingar alguém (até pra não xingar a si próprio por não ter observado a porta antes de entrar). E, cá entre nós, tem arquitetos que primam pela estética, sem ligar muito pra funcionalidade. Apesar disso, nada contra o segmento profissional. Hoje sou historiadora mas, na hora de prestar vestibular, arquitetura seria a segunda opção... Abraço.

shintoni disse...

Edlúcia:
Estou passando só pra te lembrar que amanhã é potagem do Tema do Mês do Duelos Literários: Sorte, ok?
Valeu mesmo!
Abração e ótimo final de semana!