
Hoje, mais uma vez, revi "A aurora do homem", trecho antológico do clássico de Stanley Kubrick. Gosto tanto desta célebre passagem de "2001: Uma Odisséia no Espaço" que, se fosse cineasta, gostaria de tê-la criado. Isso não é pretensão, é só a audácia de imaginar o prazer que Kubrick sentiu, ao finalizar esta empreitada poética. O ritmo lento que remete à longuíssima duração da chamada Pré-História. O ancestral do homem à mercê da natureza, descobrindo-a muito lentamente para compreender seus sinais. A alegoria do obelisco é infinitamente precisa. Qualquer outro animal não iria reparar naquele objeto desconhecido. E isso nos torna diferentes: a perplexidade diante do novo e a ânsia de conhecê-lo. O olhar humano carrega a subjetividade, um infinito universo interior...